Açude Araras poderá secar? Dnocs já admite racionamento de água

FOTO: Site Varjota em Rede
A seca que assola os estados do nordeste aumenta cada vez mais o temor do sertanejo. E não é pra menos, vivemos a maior seca dos últimos 50 anos, e os problemas ocasionados por ela são cada vez maiores. O principal, e talvez maior problema, que assusta as populações habitantes do sertão é a escassez cada vez maior de água para o consumo humano e de animais, esse é um dos pontos mais críticos enfrentado pelos sertanejos.

O Açude Paulo Sarasate poderá secar por completo? Quanto tempo levaria para isso acontecer? Diante dessas indagações, fomos aos cálculos para avaliar matematicamente quanto tempo levaria para ocorrer essa catástrofe.

O Açude Paulo Sarasate está construído sobre o leito do rio Acaraú, entre os municípios de Varjota, Pires Ferreira, Hidrolândia e Santa Quitéria. Sua capacidade é de 891 milhões de metros cúbicos de água, o que o coloca como o quarto maior reservatório de água do Ceará. Hoje o açude se encontra com 37,5% de sua capacidade total, o que equivale a 332 milhões de metros cúbicos de água. Segundo dados da COGERH - Companhia de Gestão de Recursos Hídricos, o açude perde em média 0,05% de sua capacidade por dia, água essa utilizada prioritariamente para o abastecimento humano.

Se considerarmos que essa diminuição média ocorrerá diariamente, desconsiderando outros fatores, a açude Araras perderia toda a sua reserva de água em 751, pouco mais de 2 anos. Portanto, matematicamente, se não chover absolutamente nada até julho de 2015, o Araras secará completamente. Sorte nossa é que a probabilidade de não chover absolutamente nada em 2 anos, segundo a FUNCEME é praticamente nula, dessa forma é quase impossível que isso ocorra.

De qualquer forma, o nível atual do açude inspira cuidados, e o DNOCS admite que poderá ser necessário um racionamento de água nos municípios que se utilizam do Araras para abastecimento público. Até sugere aos municípios que já comecem a racionar água voluntariamente. O fato é que essa é uma possibilidade real, e portanto, deve ser combatida imediatamente por todos nós, partindo sempre da ideia de que a consciência é a melhor arma contra todas as catástrofes ambientais, se soubermos usar, não faltará água.

FONTE: Matéria compilada do Site "A Voz de Santa Quitéria", com redação de Paulo Júnior Gomes.