Relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin colocou o alto escalão da política nacional sob investigação, uma vez que determinou a abertura de inquérito contra 108 nomes com grande influência no Congresso e no Palácio do Planalto, incluindo nove ministros de Michel Temer, três governadores, 29 senadores, 42 deputados e até um ministro do TCU. As informações são do blog Fausto Macedo, do Estadão.
Segundo apurou a reportagem, os nomes fazem parte de 83 inquéritos encaminhados pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao STF, com base nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Com o aval de Fachin, os 108 citados, todos com foro privilegiado no Supremo, serão investigados na mais alta corte do Judiciário nacional.
Dentre os alvos da lista de Fachin, destaque para os presidentes da Câmara dos Deputados e Senador Federal, Rodrigo Maia (DEM-RM) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), respectivamente. Além deles, os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: cinco, cada. Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com quatro.