Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmou que o pagamento a políticos em caixa dois era recorrente na empreiteira. Em uma de suas planilhas, as doações eleitorais oficiais eram identificadas como "bônus". "Três quartos do custo estimado das campanhas era caixa dois. Então, o pessoal precisava de caixa dois", disse o executivo, em audiência realizada na segunda (10) e tornada pública nesta quarta (12).
Lula, o "Amigo", recebeu R$ 40 milhões
No depoimento, o herdeiro voltou a afirmar que o ex-presidente Lula era tratado internamente como "Amigo", e diz que a empresa disponibilizou a ele um saldo de R$ 40 milhões de propina, ao final do seu mandato. "A gente entendia que o Lula ainda ia ter influência no PT. O Lula nunca me pediu diretamente isso; eu combinava com o [ex-ministro Antonio] Palocci", afirmou.