Subir de novo?! Em 2014, as distribuidoras cogitam aumento em combustível


Rio - O último reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras chegou ao consumidor em dezembro (4,04%) com quase o dobro do impacto esperado, reduzindo espaço para a companhia pleitear novos reajustes em 2014. Representantes de distribuidoras e revendedores (postos de combustíveis) disseram que, devido a margens de lucro apertadas, possíveis novas altas de preço de combustíveis em 2014 tendem a ser repassadas ao consumidor.

Internamente, na direção da Petrobras, há um convicção de que não é possível passar 2014 sem reajustes, mesmo sendo ano eleitoral. A discussão sobre a defasagem de preços de combustíveis em relação ao mercado internacional e a nova metodologia de preços deve voltar a fazer parte da pauta da reunião de Conselho de Administração, no próximo dia 31.

Margem de lucro

O último reajuste de 4% para a gasolina nas refinarias da Petrobras, anunciado no fim de novembro, chegou ao consumidor em dezembro (4,04%) acima do impacto esperado por analistas (2% a 2,6%) no índice de referência IPCA. Segundo o IBGE, o vilão em dezembro foi o etanol anidro - misturado à gasolina na proporção de 25% - devido à entressafra da cana-de-açúcar.

"Depende do momento do (possível) aumento, pode haver eventualmente guerra de preços. Mas não há gordura para ser queimada, tanto na margem de lucro das distribuidoras quanto da revenda (postos)", disse o diretor de mercado do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Cesar Guimarães. Dados da ANP mostram que os preços de revenda subiram R$ 0,03 em dezembro contra novembro, enquanto a distribuição aumentou os seus em aproximadamente R$ 0,07, o equivalente a 3%. O etanol subiu 7,2% no mês passado na comparação com novembro, de acordo com dados da ANP. 

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