FOTO:BBC BRASIL
O estudo, realizado por cientistas da Escola de Saúde Pública da
Universidade de Harvard, em Boston, concluiu que as pessoas com o tipo
sanguíneo mais raro, o AB, são as mais vulneráveis a doenças do coração.
Para estas pessoas a probabilidade de sofrer com doenças cardíacas é 23% maior do que para as pessoas com o tipo sanguíneo O.
A pesquisa também descobriu que para pessoas com
sangue do tipo B o risco de doenças cardíacas aumentava em 11% e, para
pessoas com sangue tipo A, o aumento era de 5%.
Os pesquisadores não sabem a razão deste aumento
de probabilidades. Eles vão agora analisar como os grupos sanguíneos
reagem a um estilo de vida mais saudável.
"As pessoas não podem mudar o tipo sanguíneo,
mas nossas descobertas podem ajudar os médicos a compreender melhor quem
tem risco de desenvolver doenças cardíacas. É bom saber qual o seu tipo
sanguíneo, da mesma forma como você deveria saber seu colesterol ou
pressão sanguínea", disse o professor Lu Qi, que liderou o estudo.
"Se você sabe que o risco é maior, pode
reduzi-lo adotando um estilo de vida mais saudável, ao se alimentar bem,
praticar exercícios e não fumar."
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada American Heart Association Journal.
'Complicado'
As descobertas dos cientistas americanos são
baseadas em dois grandes estudos realizados nos Estados Unidos, um
envolvendo 62.073 mulheres e outro, 27.428 pessoas adultas. Eles tinham
entre 30 e 75 anos e foram acompanhados durante 20 anos.
Como a etnia das pessoas estudadas era
predominantemente caucasiana, os pesquisadores afirmam que ainda não foi
esclarecido se as descobertas podem ser apicadas para outros grupos
étnicos.
O grupo sanguíneo AB foi ligado à inflamações, que têm um papel importante nos danos em artérias.
Também foram encontradas provas de que o tipo
sanguíneo A está associado ao colesterol ruim, o LDL, que pode bloquear
as artérias.
Já as pessoas com o tipo sanguíneo O podem se
beneficiar dos níveis maiores de um elemento químico que ajuda no fluxo
sanguíneo e na coagulação.
No entanto, o estudo não analisou as razões dos riscos diferentes para os tipos sanguíneos distintos.
"O tipo sanguíneo é algo muito complicado, então
podem existir múltiplos mecanismos influenciando (estas diferenças)",
disse Lu Qi.
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