Câncer de mama também acomete homens, com cerca de 1% do total de casos da doença; saiba como se prevenir

O câncer de mama também acomete homens. Fatores como alterações hormonais, idade e hereditariedade podem influenciar na doença, que apresenta sintomas parecidos ao tipo feminino. Os casos são mais raros no sexo masculino por conta da mama menos desenvolvida e ter níveis reduzidos de hormônios femininos. Eles representam cerca de 1% do total de casos da doença.

Em um dia comum, o militar reformado R.X.F, 69 anos, morador de Águas Claras, passou a mão no peito direito e sentiu uma espécie de "espinha interna", um caroço vermelho que nasceu do dia para a noite, como ele prefere dizer. Como teve um caso de câncer de mama na família, logo veio a suspeita. "Minha mãe morreu por conta da doença e como acompanhei todo o processo, pensei que poderia ser câncer de mama. Mas isso porque tinha conhecimento sobre o caso. Fui ao mastologista e, com diagnóstico confirmado, em sete dias já estava operado. Não existe campanha para homem, mas é algo que precisa ser dito e informado. Muitos nem sabem que a doença existe", destaca.

O diagnóstico veio em setembro de 2006. R. passou por 36 radioterapias, retirada da mama, quatro sessões de quimioterapia e seis anos tomando pílulas anti-hormonais. Em 2012, acabou o tratamento, mas mantém o acompanhamento médico e aguarda o tempo de remissão.

O oncologista Marcos França, do Hospital do Câncer Anchieta, relata que a maior parte dos tumores em homens é mais agressivo. Por conta da mama atrofiada, a doença pode se espalhar para outros órgãos com maior facilidade. "Eles geralmente não observam as mamas e muitos não sabem que podem, sim, desenvolver esse tipo de câncer. Por conta da demora no diagnóstico, a maioria dos casos são descobertos em estágios avançados. Caso o homem sinta alguma alteração nessas regiões, é preciso buscar ajuda médica. Os exames mais indicados são o ultrassom e a biópsia", aponta.

A forma de prevenção é a mesma das mulheres. Ter hábitos saudáveis, controle de peso, e evitar bebida alcoólica e cigarro. O tratamento também é similar, com quimioterapia, radioterapia, cirurgia e hormonioterapia.

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