Domingo (29) é o Dia Mundial e Estadual de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). A data funciona como um alerta para a necessidade de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil. No Ceará, a cada 30 minutos alguém sofre um AVC e diariamente são feitas 11 internações de pacientes com a doença. Na rede pública estadual, três hospitais fazem atendimento especializado em AVC: Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital Waldemar Alcântara, na capital, além do Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte.
Cerca de 4.500 pessoas morrem por ano no Ceará vítimas de AVC. É a doença que mais mata os cearenses e responde por 10% de todos os óbitos do Estado. Uma a cada seis pessoas sofrerá um AVC durante a vida. No mundo, a cada seis segundos, uma pessoa morre da doença. São 6,5 milhões de mortes no mundo e 100 mil óbitos Brasil em 2015. É também a primeira causa de incapacidade em adultos. Estima-se que depois de um ano após sofrer um AVC, um quarto das pessoas estão mortas, um quarto estão acamadas e dependentes e apenas um terço retornam ao trabalho.
O caso do porteiro Paulo de Tarso Tibúrcio da Silva, de 56 anos, ilustra bem. Divorciado e sem filhos, ele mora na Vila União e sofreu um AVC Isquêmico na última segunda-feira, 23, quando estava em companhia de amigos. “Eu estava conversando com uns amigos quando comecei a sentir uma dormência na perna e no braço direito, além de uma dor de cabeça muito forte. Na hora eles não acreditaram, porque eu sou muito brincalhão, mas quando tentei levantar eu caí e eles me ajudaram e me levaram para casa. Chegando lá, minha família acionou o SAMU que de imediato me socorreu e me trouxe para o HGF e graças a Deus eu não tenho do que reclamar. Todo o suporte que eu tive, foi muito rápido e não me deixou sequelas”, contou Paulo de Tarso.
“Tratando os chamados fatores de risco, as chances de se ter um AVC diminuem 90%”, diz o neurologista João José de Carvalho, coordenador do Comitê Estadual de Atenção ao AVC e presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV). A doença pode ser prevenida desde que se controle os chamados fatores de risco, como pressão alta, fumo, obesidade, sedentarismo, dieta inadequada, colesterol elevado, uso abusivo de bebidas alcoólicas, diabetes, estresse crônico e arritmias cardíacas. Em países desenvolvidos o AVC já caiu para a 3ª, 4ª e, em alguns, 5ª causa de morte.
O AVC pode ser isquêmico, quando um coágulo entope uma artéria cerebral ou hemorrágico quando uma artéria cerebral se rompe. Os AVC´s isquêmicos são mais comuns – 80% dos casos. Os sintomas são perda súbita da força muscular em um lado do corpo; formigamento/dormência em um lado do corpo; dificuldade súbita para falar e/ou compreender o que se fala; perda visual súbita, particularmente de um olho apenas; tontura/vertigem e/ou dificuldade no equilíbrio de instalação súbita; e dor de cabeça súbita, diferente de todas que a pessoa já sentiu, sem causa aparente.
Fique atento aos sintomas
• Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;
• Alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo;
• Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar ou para compreender a linguagem;
• Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
• Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
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