Despreocupado com possíveis desgastes, o Ministro da Fazenda, Henrique Meireles, que é pré-candidato à Presidência da República, não tem se esquivado da defesa intransigente das mudanças nas regras para os brasileiros se aposentarem. Meireles, como pai da reforma previdenciária, a defende sem meio termo, enquanto vê aliados do Governo na Câmara Federal fugirem do convite para acompanhá-lo nessa defesa. Os deputados federais temem desgaste com o eleitor se apoiarem a reforma.
O presidente Michel Temer quer que os aliados na Câmara dos Deputados coloquem em votação, no mês de fevereiro, o projeto da reforma da previdência. São necessários 308 votos, mas, pelos cálculos dos governistas, a conta ainda não está fechada e o Palácio do Planalto precisa de mais 50 votos para garantir uma vitória.
Dentro do próprio PSD de Henrique Meireles, tem divergências sobre a reforma e alguns parlamentares – como o deputado federal Domingos Neto, não acompanham a orientação da cúpula nacional da sigla para aprovação das normas que mudam os critérios para os trabalhadores se aposentarem.