O Brasil é o pais da impunidade? Tem país se esforçando pra roubar esse título da gente!...
FOTO REPRODUÇÃO:http://revistagalileu.globo.com
Se você, assim como nós, achava que o recorde mundial da bizarrice chinesa era insuperável, saiba que os atores estrangeiros alugados
para dar uma cara internacional às empresas são fichinha perto de
outras práticas do país. Na China o crime compensa sim: basta pagar para
que alguém vá preso no seu lugar.
Em maio de 2009,
jornais do país mostravam o jovem milionário Hu Bin, de 20 anos, fumando
e dando risada com seus amigos em uma rua da cidade de Hangzhou. O fato
passaria batido se Hu Bin não tivesse, ele próprio, também acabado de
bater seu carrão em um pedestre, que estava morto, a poucos metros do
local onde a foto foi tirada. Digno de indignação? Sim, mas calma, a
história só vai piorar.
Na China, acidentes fatais de
trânsito envolvendo álcool e disputas em alta velocidade podem levar à
pena de morte, não é raro que isso aconteça. O garoto foi condenado à 3
anos de prisão. Digno de indignação? Sim, mas calma, agora é que a
história fica realmente absurda.
Quando o julgamento
começou, toda a imprensa do país estava em cima do caso. Quando o réu
entrou para ouvir sua sentença, todos foram pegos de surpresa: quem
estava ali, com um semblante abatido, cabisbaixo, não era Hu Bin. Ele
havia contratado um jovem para ficar três anos trancafiado atrás das
grades.
É difícil de acreditar, mas isso não é um caso
isolado. Milionários e gente influente recorrem à esse artifício com
muito mais freqüência do que o bom senso de qualquer um poderia
suportar.
No mesmo ano do caso de Hu Bin, um diretor de
hospital contratou o pai de um funcionário seu para comparecer perante o
júri. O preço da liberdade varia: um motorista sem licença que matou um
motoqueiro pagou 8 mil dólares para que outra pessoa fosse presa em seu
lugar. O dono de uma demolidora que destruiu uma casa ilegalmente
prometeu pagar 31 dólares por dia para quem aceitasse terceirizar o
serviço de presidiário. Esse tipo de prática é mais um sintoma da
desigualdade social chinesa: lá, 0,1% dos cidadãos controlam metade das
riquezas do país.
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