A Escola Dona Marieta Cals no dia 04 de Março (quarta-feira) inaugurou
as atividades do Projeto Cariré Além dos Muros, iniciativa que visa
valorizar a memória e o patrimônio histórico-cultural do nosso município
e estabelecer interdisciplinaridade nas aulas através de diálogos entre
os diferentes campos de conhecimento, para ter maior proveito possível
para os estudantes. O projeto, criado em 2013, com uma aula de campo nas
ruas da cidade, agora foi para o campo, numa viagem à pré-história
brasileira na localidade de Tanques, numa visita à Pedra do Sino, onde é
possível ver pinturas rupestres feitas pelos povos pré-cabralinos.
A aula de campo foi realizada no contra turno, para todos os alunos
interessados que realizaram a
Vista da barragem feita por escravos. |
A aula de campo foi realizada no contra turno, para inscrição no Centro de Multimeios.
Chegamos ao local e logo deparamos com uma barragem construída no
período imperial com a mão de obra dos escravos, estrutura utilizada
pelos moradores das redondezas e fazendeiros. Mata adentro, aos poucos
pudemos visualizar as pinturas rupestres no percurso até a Pedra do
Sino. As pinturas encontradas na região são da Tradição Agreste, feitas
de maneira grosseira, de grande tamanho, sem preocupação pela delineação
da figura e com um preenchimento realizado negligentemente, mas mas cobrindo extensas superfícies.
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As inscrições da Pedra do Sino são de formas geométricas indefinidas e
não possuem significado conhecido de forma que possamos afirmar
precisamente, mas teorias são elaboradas acerca delas, que podem
simbolizar, por exemplo: rituais religiosos, demarcações de território,
indicação de localização de olho d’água, mapas da organização social da
tribo e produção agrícola. Infelizmente, ainda não existem registros de
produção acadêmica sobre as pinturas rupestres do local, mas mesmo assim
nós da Escola Dona Marieta Cals, procuramos divulgar e incentivar a
valorização desse patrimônio.
Chegada ao ambiente. |
Finalmente, ao chegar à Pedra do Sino, algumas pessoas subiram até a
rocha para demonstrar o porquê de ela ser chamada dessa forma, batendo
outras pedras sobre ela, o que faz emitir um som similar a de um sino.
Segundo os professores de Geografia, Alan Soares e Geovânia Rodrigues, a
rocha é de formação magmática e é puro basalto, mas como surgiu de um
processo eruptivo do assoalho do oceano (o sertão já foi mar), pode
existir água em sua composição.
Especula-se que a Pedra do Sino possa ter sido usada nos rituais
religiosos pelos índios habitantes da região, e segundo pesquisadores do
INTA, se arqueólogos fizerem uma escavação provavelmente encontrariam
muitos artefatos líticos (feitos de pedra lascada) no local, uma vez que
além da pedra ter sido alterado pelo processo erosivo da natureza, os
índios podem tê-la utilizado para esse fim. De acordo com o professor de
Biologia, Otávio Silva, no local ainda foi possível encontrar
bioindicadores de umidade e pureza do ar, como musgos e liquens. Os
musgos são plantas avasculares pequenas, e foram encontrados integrantes
dos filos briophyta e anthocerotophyta, esse segundo
grupo é mais raro de ser encontrado. Os liquens são associações entre
algas e fungos, organismos primordiais para a sucessão biológica. Foram
observadas também associações entre líquens e musgos.
A escola agradece às Secretarias Municipais da Educação e dos Transportes por ter disponibilizado toda a logística dos transporte necessários para que esta proveitosa aula fosse possível.
FONTE:http://fagneraguiar.blogspot.com.br/2015/03/a-escola-dona-marieta-cals-no-dia-04-de.html
A escola agradece às Secretarias Municipais da Educação e dos Transportes por ter disponibilizado toda a logística dos transporte necessários para que esta proveitosa aula fosse possível.
FONTE:http://fagneraguiar.blogspot.com.br/2015/03/a-escola-dona-marieta-cals-no-dia-04-de.html
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