BRASÍLIA - Uma em cada quatro mulheres grávidas acredita que não adianta se cuidar muito pois é Deus quem decidirá se o bebê terá microcefalia. Para 27%, é compreensível que uma mãe opte por interromper a gestação ao saber da malformação cerebral. O maior anseio delas, relatado por 90%, é ter acesso a teste sorológico para saber se têm ou já tiveram zika. E 52% gostariam de fazer mais ultrassons durante o pré-natal.
Divulgados nesta terça-feira no Rio de Janeiro, os dados fazem parte de pesquisa inédita realizada entre junho e julho pelo Instituto Patrícia Galvão, com 3.155 gestantes de todas as regiões do país. O objetivo da organização não-governamental é mapear as demandas das grávidas brasileiras e identificar como elas têm lidado com o vírus zika, que motivou a declaração de emergência internacional em saúde. O projeto tem o apoio da ONU Mulheres e da Fundação Ford.
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