O deputado estadual Capitão Wagner (PR) criticou, nesta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa, o lançamento de licitação no valor de R$ 38 milhões para retomar as obras do Acquario Ceará. A obra foi iniciada em 2012, já custou R$ 138 milhões aos cofres públicos e teve apenas 18% dos equipamentos instalados e 65% da estrutura concluída. O projeto foi lançado na gestão de Cid Gomes (PDT) e é mais um item na lista de obras inacabadas deixadas pelo pedetista.
“Esse mesmo governo, em 2016, não deu um real de reajuste aos servidores públicos alegando que não tinha dinheiro; o mesmo governo que anunciou um corte de R$ 50 milhões na área da saúde; que quebrou o ISSEC; esse mesmo governo, se nós permitirmos, irá tirar mais de R$ 38 milhões de outras áreas para colocar no orçamento da obra do Acquario, porque essa licitação não tem previsão de empréstimo e nem de recurso federal, é com recurso do tesouro”, denunciou Capitão Wagner.
Nem mais um centavo
Em dezembro de 2016, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que não investiria nem mais um centavo no equipamento, que seria repassado à iniciativa privada. “Hoje, porém, o cenário é outro, já que no dia 11 de abril de 2017, o Diário Oficial do Estado publicou que a Secretária de Infraestrutura (Seinfra), hoje encabeçada pelo irmão do ex-governador Cid Gomes, Lúcio Ferreira Gomes, lança uma licitação para reiniciar as obras do equipamento”. A obra chegou a ser suspensa duas vezes a pedido dos Ministério Públicos Estadual e Federal e está parada desde 2015.
Capitão Wagner ressaltou ainda que, na votação do orçamento para 2017, ficou previsto R$ 500 mil para uma possível manutenção da obra do Acquario. “O problema é que quando essa Casa determinou que o governo poderia gastar com o Acquario apenas R$ 500 mil, no ano de 2017, o governo lança uma licitação de mais de R$ 38 milhões”. Além do prédio, o projeto prevê também a destinação de mais de R$ 5 milhões para a construção da Praça das Águas, que, segundo o parlamentar, seria entregue para a iniciativa privada.
“O governo fará o que é mais caro, a infraestrutura, e entregará para a iniciativa privada a parte mais fácil, que é a de arrecadar a partir da construção do prédio”.
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