Criador da "Baleia Azul" está preso, chama as vítimas de "lixo biológico" e que o seu objetivo seria “limpar a sociedade”


O russo Filipp Budeykin, de 21 anos, se declarou culpado das acusações de incitação ao suicídio de pelo menos 15 jovens do país no chamado ‘Desafio da Baleia Azul’, do qual Budeykin seria o criador, de acordo com as autoridades da Rússia. Ele seguirá preso até 20 de agosto, informou a Justiça russa.

De acordo com a porta-voz do Tribunal de São Petersburgo, Daria Lebedeva, a Justiça decidiu mantê-lo detido após ele declarar-se culpado das acusações que envolvem o jogo mortal, criado e compartilhado na rede social russa VKontakte. De lá, o desafio se espalhou pelo mundo, com casos de automutilação e suicídio sendo investigados até mesmo no Brasil.

Budeykin foi preso no dia 15 de novembro do ano passado, em Solnechnogorsk, sendo depois transferido para São Petersburgo. De acordo com o tribunal, além de confessar o acusado não se opôs em seguir preso até agosto próximo. Ele também passou por exames psicológicos e nada de anormal foi revelado.
Em entrevista ao site russo Saint-Petersburg.ru, Budeykin ironizou as vítimas, chamando-as de “lixo biológico”, que elas estavam “felizes em morrer” e que o seu objetivo seria “limpar a sociedade”.

Os investigadores russos apuraram que, entre dezembro de 2013 e maio de 2016, Budeykin e outros curadores (nome dado aos que controlam o desafio e manipulam as vítimas) criaram oito comunidades na rede social russa VKontakte, nas quais apoiavam o jogo e a tarefa final: o suicídio do participante.

Embora Budeykin esteja implicado em 15 casos de incitação ao suicídio, a imprensa russa já reportou anteriormente que mais de 100 mortes de jovens no país podem ter relação com o desafio.

No Brasil, a polícia de ao menos oito estados realiza investigações de casos de automutilação que teriam vínculo com o Baleia Azul. A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar os crimes e iniciativas contra o jogo estão em andamento tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, em Brasília. (Sputnik)

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