Já chega a 13 o número de capitais com protestos pela saída do presidente Michel Temer, alvo principal das delações premiadas de Joesley Batista e de outros executivos do grupo JBS. Manifestantes foram às ruas de Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo, segundo informações do portal G1. Também ocorrem passeatas em outras grandes cidades, como Piracicaba, Juiz de Fora e Uberlândia. Os atos foram convocados após a divulgação do diálogo entre Temer e Joesley Batista, da JBS, no qual a Procuradoria Geral da República (PGR) viu indícios de três crimes. No sábado, Temer voltou a repetir que não irá renunciar e pediu a suspensão do inquérito do qual é alvo no Supremo Tribunal Federal.
No Rio, um protesto contra a corrupção organizado pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos (Muspe) pediu a saída de Temer e também do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Mais tarde, outra manifestação - desta vez convocada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo - se concentrou em frente à estação de metrô de São Conrado, na Zona Sul, e segue pela orla em direção ao apartamento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Também organizado por centrais sindicais e movimentos sociais, um protesto ocupa a Avenida Paulista, no Centro de São Paulo. Com camisa preta em que se lê "Fora, Temer", o casal Carmelo Tocci, de 65 anos, e Fátima Tocci, de 42, se diz "perplexo" com a situação do país e pede por mais investimento na educação
— Estamos perplexos porque parece que isso não tem fim. Vivemos numa irrealidade onde grandes empresas tomaram o poder. E toda forma de poder é corrupta. Pior é que, se o Temer cai, como fica depois? Precisamos de alguém para dar mais educação a esse povo. Só assim se combate a corrupção — diz Carmelo.
Em Piracicaba, no interior de São Paulo, uma manifestação foi realizada por um grupo de aproximadamente 70 pessoas, que caminharam até a Rua do Porto, região turística da cidade.
Em Minas Gerais, ao menos três cidades têm atos públicos contra o presidente da República. Em Belo Horizonte, a Praça da Liberdade foi o ponto de encontro da Frente Brasil Popular e da Central Única dos Trabalhadores, entre outros movimentos sociais que também pediram gritaram palavras de "Fora Temer". Em Juiz de Fora, movimentos estudantis e sindicatos fizeram um protestos pela manhã. Os organizadores estimaram o público em mil pessoas, e a Polícia Militar não divulgou uma estimativa de comparecimento. Já em Uberlândia, manifestantes fizeram um ato contra Temer e por eleições diretas no Centro da cidade. A PM de Minas estimou em 120 o número de manifestantes, mas os organizadores alegam que 400 pessoas compareceram ao ato.
Em Salvador, entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA) e movimentos populares realizam um protesto contra o presidente Michel Temer. Eles se concentraram no Largo do Campo Grande e seguem para o Farol da Barra. Segundo os organizadores, participam do protesto cerca de 10 mil pessoas. A Polícia Militar não estimou o público presente.
Em Pernambuco, um grupo de manifestantes se reúne na Praça do Marco Zero, em Recife, em protesto pela saída de Michel Temer do governo. Os manifestantes - 5 mil, segundo as estimativas dos realizadores - fizeram apresentações artísticas e musicais durante o ato. A Polícia Militar de Pernambuco não faz estimativas de público em atos políticos.
Um grupo de manifestantes se reuniu na Praia de Iracema, em Fortaleza, também para pedir o afastamento de Temer do governo. O protesto é realizado pelos movimentos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular Ceará, com a participação de ONGs, centrais sindicais, coletivos e entidades trabalhistas. Estimativas dos organizadores dão conta de que o ato reuniu cerca de 15 mil pessoas. A PM do Ceará não fez uma contagem do público presente.
Em Aracaju, manifestantes convocados pelo Movimento dos Sem Terra (MST), Levante da Juventude e CUT pedem na tarde deste domingo o afastamento de Temer nos Arcos da Orla da Atalaia, na Zona Sul da cidade. O público foi estimado em 300 pessoas, segundo os organizadores.
Em Goiânia, passeata foi organizada pela CUT, CTB e pela Frente Brasil Popular e ocorre na Praça do Trabalhador. Já em Campo Grande, centenas de pessoas participaram de um protesto na Praça Ary Coelho. Na pauta estavam temas como o combate à corrupção, a rejeição às reformas propostas pelo atual governo e a saída de Temer.
Em Manaus, cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de um ato público na Praça do Congresso, no Centro da cidade. Além de pedir a saída de Temer, eles também se manifestaram contra as reformas trabalhista e da previdência. Os organizadores afirmam que 2 mil comparerceram à atividade. Também no Norte do país, dezenas de pessoas participaram durante a manhã deste domingo de um ato convocado pela CUT em Belém. Uma estimativa do número de participantes não foi divulgada pela PM do estado, e nem pelos organizadores.
Em Natal, um ato organizado pela Frente Brasil Popular contou com a participação de 4 mil pessoas, segundo os organizadores, e percorreu ruas da cidade pela manhã. Manifestantes pediam eleições diretas e exibiam bandeiras do Partido dos Trabalhadores.
Em São Luís, movimentos estudantis, políticos e sociais se reuniram na Praça Maria Aragão, no Centro da cidade, pela manhã, e passaram pelas principais vias da cidade. O grupo pediu a saída imediata de Michel Temer da presidência e a realização de eleições diretas. Ao portal G1, o sindicalista Joel Nascimento, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil, afirmou que participaram da manifestação cerca de 400 carros e três mil pessoas. No entanto, a Polícia Militar estimou que apenas 500 pessoas participaram do ato.
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