Jiranuch Trirat, a mãe de Natalie, um bebê de 11 meses que foi enforcado até a morte, em Phuket, na Tailândia, na última segunda-feira (21), contou à agência AFP que assistiu ao assassinato da filha ao vivo pelo Facebook, na transmissão feita pelo seu namorado e pai da menina, Wuttisan Wongtlay.
A jovem de 22 anos contou que está devastada após assistir ao assassinato. "Eu estava com o meu irmão mais velho quando ele entrou no Facebook", contou. "Ele rolou a tela para baixo e de repente vimos a transmissão ao vivo. Eu me virei para dar uma olhada e vi ele (Wuttisan) soltando a minha filha com a corda. Eu não consegui continuar assistindo", desabafou a mãe.
Ao entender o que estava acontecendo, Jiranuch pediu ajuda a parentes e à polícia, mas já era tarde. Os corpos de Natalie e Wuttisan, que se suicidou na sequência, foram encontrados horas depois.
O crime causou polêmica não só na Tailândia, mas em todo o mundo, e gerou uma discussão sobre a responsabilidade das empresas responsáveis pelas redes sociais em relação aos conteúdos compartilhados. O vídeo ficou disponível por cerca de 24 horas.
"Eu não culpo o Facebook. Eles não são parte do problema, nós podemos escolher entre publicar alegrias ou tristezas", disse a mãe.
A mãe diz perdoar o ex-namorado, pois "viver com ódio por um longo período não vai trazer a filha de volta".
Ainda não se sabe o que motivou o crime. O pai costumava cuidar da filha quando a mãe ia para a escola.
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