O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que será candidato à Presidência da República no ano que vem. Mas, a julgar pelo prazo das decisões na Justiça, ele corre risco de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, a média de tempo levada por Sergio Moro e pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para julgar processos recentes indica que a condenação em segunda instância aconteceria perto da data limite estipulada pela Lei da Ficha Limpa, às vésperas da eleição do ano que vem.
Depois de ouvir o interrogatório dos réus, fase pela qual o ex-presidente Lula passou ontem, Moro levou, em média 128 dias para publicar a sentença.
O levantamento foi feito pelo Globo em três casos de repercussão julgados pelo magistrado neste ano. O prazo variou entre 51 dias, no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, e 196 dias, no processo em que os marqueteiros João Santana e Mônica Moura foram condenados.
Se houver uma condenação nos dois tribunais, a sentença do TRF-4 poderia sair entre julho — o que tornaria Lula ficha-suja — e setembro de 2018, o que não causaria interferência alguma em sua candidatura, porque o prazo para isso vai até o registro da candidatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.