CE-183 (Cariré a Varjota) / BR 403 são consideradas regulares, boas e péssimas, pela 20ª Pesquisa CNT de Rodovias do Ceará


64% das rodovias do Ceará apresentam deficiência

A 20ª Pesquisa CNT de Rodovias revela que 2.269 quilômetros das rodovias avaliadas no Ceará apresentam algum tipo de deficiência e foram avaliadas como regulares, ruins ou péssimas, isto é, 64,4% do total. Já o restante da extensão pesquisada no Estado (35,6% - 1.256 km) é considerado ótimo ou bom. Os dados são de 2016.

A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 3.525 km no Estado. Deste total, 1.189 são de responsabilidade estadual e 2.336 federal. Devido às deficiências apresentadas no pavimento das rodovias do Ceará, o custo operacional do transporte no Estado chega a ser 27,8% mais alto, uma vez que rodovias com deficiência reduzem a segurança, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível, segundo o órgão.

Na avaliação da CNT, para a reconstrução, a restauração e a manutenção dos trechos danificados nas rodovias avaliadas no Ceará é necessário investir cerca de R$ 2 bilhões. No Pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento. A pesquisa classificou como regular, ruim ou péssimo 58,1% da extensão avaliada em todo o Ceará, enquanto 41,9% foram considerados ótimo ou bom.
Já 65,8% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada. Na sinalização são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas desta categoria em 45,8% da extensão avaliada, tornando assim regular, ruim ou péssima. Porém, em 54,2%, é ótima ou boa.

Ao analisar os trechos onde foi possível a identificação visual de placas, a CNT identificou que 9,1% dos itens apresentaram desgastes ou estavam totalmente ilegíveis. O tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a presença de faixa adicional de subida (3ª faixa), de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria. O levantamento constatou que 85,9% da extensão pesquisada não têm condições satisfatórias de Geometria.

Já 14,1% tiveram classificação ótima ou boa. O Estado tem 91,8% da extensão das rodovias avaliadas de pista simples de mão dupla. A pesquisa identificou ainda dois trechos com erosões na pista e 25 trechos com buracos grandes.

Programa

Para corrigir os danos nas vias do Estado, o programa 'Ceará de Ponta a Ponta', que é o conjunto de ações de requalificação da malha rodoviária, ganhou um aporte de R$ 405,1 milhões no fim do mês de julho deste ano. Serão tratados cerca de 300 km das rodovias estaduais.

De acordo com o governador Camilo Santana, até o próximo ano, o programa deve investir cerca de R$ 2 bilhões na melhoria de mais de 2 mil km da malha viária estadual, para contemplar todas as regiões.

"Investir na infraestrutura de estradas é fundamental para escoamento de produção, segurança no trânsito, desenvolvimento do turismo e da indústria. É um investimento que o Ceará tem procurado fazer. Estamos criando novas condições, duplicando toda a CE-040. Vamos continuar ampliando a CE-085, duplicar a estrada de Redenção até Pacatuba, concluir a quarta etapa do Anel Viário da região do Cariri, a segunda etapa do Anel Viário de Sobral. Queremos começar o mais rápido possível. A nossa meta é até 2018 é chegar a dois mil quilômetros de novas estradas implantadas com todos os recursos garantidos".

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