Depois de antecipar, ainda que a contragosto, a reforma ministerial com a saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades, o presidente Michel Temer e os líderes governistas no Congresso deixaram claro ontem que o novo desenho da máquina administrativa federal será definido pela eficiência ou competência dos nomes em contribuir para a aprovação de propostas do governo, sobretudo a Previdência. “É uma questão matemática. A reforma da Previdência é a nossa joia da coroa”, destacou o vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).
Por isso, a equação e o timming para essa reforma ministerial não são fáceis. Temer está conversando com os presidentes dos partidos e com os ministros para montar esse quadro. O caso do PSDB, por exemplo, é didático. Além de Bruno, Antonio Imbassahy, da secretaria de governo, também sofre ataque especulativo. Comenta-se que ele poderia deixar o PSDB e filiar-se ao PMDB para permanecer no posto. Interlocutores garantem que ele não deixará de ser tucano e que não tem a menor disposição de entregar o cargo. Imbassahy, inclusive, é considerado da cota pessoal do presidente Temer.