Alerta aos pais! Psicólogos apontam que 5% dos adolescentes brasileiros pesquisam na internet formas de se ferir

Diante da preocupação com o viral “Baleia-Azul”, psicólogos apontam ainda que 1 a cada 10 adolescentes brasileiros pesquisam sobre jogos de se ferir

Pelo menos oito estados do país lançaram alertas policiais e de saúde após o viral Baleia-Azul, um desafio lançado na internet praticado especialmente por adolescentes, poder estar ligado a casos de suicídio.

As autoridades locais não emitiram nenhum comunicado, mas especialistas e pais levantam a discussão sobre monitoramento e os limites que a garotada deve com relação ao conteúdo acessado via internet.

Um em cada 10 adolescentes brasileiros entre 11 e 17 anos acessa conteúdo na internet relacionado a formas de se ferir. O levantamento do Centro de Estudos Sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (Cetic) aponta ainda que um em cada 20 jovens nessa faixa etária procura conteúdo online sobre maneiras de suicídio.

A professora Dagmar Oliveira é mãe de uma adolescente de 12 anos. Foi pela própria filha que ela ficou sabendo da existência do viral Baleia-Azul, que teria surgido na Rússia e rapidamente se espalhou por outros países. Ela defende que deve haver mais diálogo, além do que ela classifica como “liberdade vigiada”.

“Tudo isso é justamente a falta da família, é o cuidado, é o olhar maior para o filho, é saber como é que foi o dia, é a conversa, é o interesse”, opina Dagmar.

Para a psicóloga membro do comitê de Educação e Ciência do Instituto DimiCuida, Fabiana Vasconcelos, pais e mães devem monitorar o conteúdo dos filhos acessado na internet. Ela destaca que cada família precisa estabelecer como deve funcionar o acompanhamento.

Por conta da polêmica que envolve o “Baleia-Azul”, estados como Pernambuco e Paraná emitiram alerta porque o desafio lançado na internet pode estar relacionado a casos de automutilação e suicídio cometidos por jovens.

Em Curitiba, onde funciona uma das praças da BandNews FM, cinco casos estão sob investigação. A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde da capital paranaense, Flávia Adaque, ressalta que o debate sobre o assunto é fundamental.

Fabiana Vasconcelos destaca que o Baleia-Azul não é um jogo, é uma ação criminosa. “Ela não é um jogo, ela uma prática de uma indução a morte e ela é um ato criminoso. Artigo 122 do Código Penal, qualquer prática que peça uma pessoa para correr riscos de vida, isso é um crime”, esclarece.

Em meio à polêmica da “Baleia-Azul”, deve ser apresentado um requerimento até quarta-feira no Senado Federal para instalar uma CPI que investigue crimes relacionados a maus tratos a crianças e adolescentes no Brasil.

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