O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou na noite desta quarta-feira (17/5), um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer na Câmara. A ação acontece logo após a divulgação da informação de que o presidente da JBS, Joesley Batista, teria dito em delação premiada possuir uma gravação mostrando que Temer deu aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba (PR).
"A espinha dorsal do governo foi quebrada. O governo Michel Temer acabou hoje", avaliou o parlamentar. No pedido, Molon afirma que Temer cometeu um cirme de responsabilidade contra a probidade na administração por "proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo". "Não há a menor dúvida de que um presidente da República não pode pedir a um empresário que mantenha o pagamento de propina para que um criminoso preso não conte o que sabe, inclusive a seu respeito", disse.
De acordo com o deputado, "a bola está" com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que decidirá se aceita ou não o pedido. "Ele tem que despachar. Não há outra saída. Se ele engavetar, será inadmissível", afirmou. Por fim, Molon defendeu a realização de uma eleição direta após a cassação do mandato de Temer. "Precisamos devolver ao povo o direito de escolher o presidente da República. Não é razoável que isso seja feito pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, um Congresso sob suspeita que agora precisa cumprir a sua função de cassar Michel Temer e proceder a novas eleições diretas", ponderou.
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