Racha no PSDB fortalece nome de Tasso como terceira via para Presidência em 2018

O presidente nacional interino do PSDB, Tasso Jereissati, está sendo alvo de uma movimentação interna de tucanos que conspiram abertamente para derrubá-lo do cargo. No entanto a divisão dentro do partido acabou fortalecendo o nome do senador cearense como uma terceira via para disputar a Presidência em 2018, juntamente com o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria.

À frente do PSDB, Tasso tenta levar o partido ao desembarque da base do impopular governo Michel Temer, visando a uma reaproximação dos ideais defendidos pela sigla na época de sua fundação. Nesse sentido, o senador divulgou, na semana passada, o novo programa partidário tucano, com o mote “O PSDB errou”, assumindo que a sigla aceitou participar o “presidencialismo de cooptação” brasileiro, no qual parlamentares trocam apoio no Congresso Nacional por benefícios próprios, emendas e cargos públicos.
A peça, de 10 minutos, incomodou Temer e a ala governista do PSDB, que se juntam para tramar a queda de Tasso. Porém aproximou o senador dos chamados “cabeças pretas”, jovens parlamentares do partido. O próprio Fernando Henrique Cardoso, padrinho do senador Aécio Neves, apoiou o movimento do cearense, entendendo que manter o PSDB ao lado de Temer é transformar a legenda em uma espécie de braço do PMDB, uma péssima estratégia para as Eleições 2018.

Quem for fraco que se quebre

Apesar das articulações para retirar Tasso do comando da sigla contarem, inclusive, com o apoio do presidente Temer, o presidente interino tucano já disse que não deixará o cargo a menos que o presidente afastado da sigla, Aécio Neves, retome seu mandato. Aécio deixou o cargo após ser gravado pedindo R$ 2 milhões em propina ao empresário Joesley Batista, dono da JBS. O diálogo foi entregue na delação da empresa, juntamente com as gravações do primo do mineirinho recebendo malas com R$ 500 mil em espécie.

“Eles que vão ao Aécio e digam: Aécio, tira o homem que ele não nos representa. E provem que são majoritários”. É o recado que Tasso enviou à ala tucana que articula sua queda. O senador cearense afirma que o grupo não é majoritário no partido. Entre tucanos governistas, o senador cearense está sendo chamado de “Macron dos Trópicos”, em referência ao presidente da França, Emmanuel Macron.

PERMALINK DA MATÉRIA ORIGINAL:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.