Açudes localizados na Zona Norte, Sertão Central e no Centro-Sul cearense receberam recarga de água, com destaque para o Araras (Varjota), Rosário (Lavras da Mangabeira) e Castanhão (Alto Santo). De acordo com o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o nível médio dos 155 reservatórios monitorados pelo órgão, ontem, era de 9%. No início da quadra chuvosa, em 1º de fevereiro, era de 6,7%.
Desde quinta-feira da semana passada houve uma intensificação das chuvas no Ceará por causa da reaproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema que traz precipitações neste período do ano.
As chuvas permanecem isoladas. Há registros de elevada pluviometria, acima de 100mm, mas em um mesmo município ocorre variação, entre precipitações intensas e finas ou mesmo ausência. Essa é uma característica do Semiárido.
A retomada das chuvas no fim de março, após um veranico, que em muitas áreas superou 20 dias, no mês passado, renova a esperança dos agricultores e reduz o impacto de perda da lavoura de sequeiro (aquela que dependa da chuvas), em particular o cultivo de milho, que foi a cultura que mais se ressentiu da escassez de água.
A aproximação e afastamento da ZCIT é esperada e ocorre normalmente no período da quadra chuvosa. A preocupação permanece, entretanto, com a reduzida reserva hídrica dos açudes estratégicos - Castanhão (3,94%), Orós (6,34%), Banabuiú (0,44%). Dez açudes estão sangrando, mas 33 continuam no volume morto e 24, secos. Para ocorrer recarga é preciso ocorrer chuvas intensas e seguidas na bacias hidrográficas.
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