Orós. No sítio Aroeira, zona rural deste município, um grupo de agricultores e de incentivadores da cultura popular de observação sobre chuvas mantém viva a tradição a cada início de ano. Reunidos sob a sombra de um pé de cajarana, os participantes do encontro trocam experiências, falam da vida no sertão, dos anos secos, das dificuldades sem água, mas sempre mantêm a fé de que "as coisas vão melhorar".
O sertanejo depende da chuva para plantar e para ter água de beber e matar a sede dos animais. Depois de cinco anos seguidos de chuva abaixo da média, nessa época do ano, os olhos estão voltados para o céu, para as plantas e para a natureza. É tempo de observação e de troca de conhecimento popular entre os agricultores.No sítio Aroeira, o Encontro dos Guardadores de Experiências Populares de Chuva e de Sementes no Sertão é realizado sempre no Dia de Reis.