O governo escapou da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer e quer aproveitar os 263 votos favoráveis — foram 227 contra e duas abstenções, totalizando 492 deputados presentes — para voltar a sonhar com a aprovação da reforma da Previdência. O primeiro passo será reunificar o PSDB, legenda na qual 22 deputados defenderam Temer e 21 apoiaram a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigasse o peemedebista. O placar final da votação incluiu 10 ministros que se licenciaram e retornaram à Câmara para barrarem a denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“A partir de agora, temos de esquecer a política pequena e nos concentrar em coisas que mudem a vida dos brasileiros, como a reforma da Previdência, as mudanças no sistema tributário e outras medidas que aumentem o emprego e a renda das pessoas”, declarou o ministro da secretaria de governo, Antônio Imbassahy, que articulou durante a votação e sinalizou a possibilidade de o governo colocar a reforma tributária na frente da previdenciária.