Em grande estilo, foi retomado o projeto Cariré Além dos Muros, na Escola Marieta Cals. Após semanas de formações teóricas e pesquisas prévias, aconteceu no dia 14 de Junho uma aula de campo com trajeto diversificado e uma abordagem interdisciplinar.
A partida da escola foi logo cedo, 7:20 h da manhã, com primeira parada no Polo de Lazer de Cariré, onde foi explanado como se deu a reconfiguração daquele espaço ao logo dos anos, através de novos usos, sociabilidades e intervenções do poder público. Ali, ainda, fizemos um aquecimento para a jornada que viria a seguir.
Seguimos caminho em direção a Tanques, não sem antes fazermos uma breve parada no
Riacho Seco, na propriedade de Helder Chaves, que falou para todos sobre suas memórias de infância naquele lugar, dificuldades enfrentadas no passado para deslocamento, os desafios do trabalho agropecuário, êxodo rural e a convivência com a seca, fenômeno característico do ecossistema do sertão nordestino, a caatinga. Através de questionamentos, ocorreu uma profícua conversa entre os presentes, com trocas de conhecimentos, experiências e inquietações sobre a vida no campo e a cidade.
Demos continuidade ao nosso trajeto para o próximo ponto. Finalmente, chegamos em Tanques e seguimos em caminhada pelo mato em direção à
Pedra do Sino, encontrando no caminho uma barragem construída há muito tempo, supõe-se com exploração de trabalho escravo. Ali, ainda, foi debatido a respeito da ação antrópica no meio ambiente, através de interferências no curso natural das águas.
Prosseguimos nossa aula de campo e, na caminhada, até a famosa Pedra do Sino já foi possível mostrar algumas pinturas rupestres aos alunos, com explicações sobre os tipos existentes no Brasil e possíveis significados das inscrições. Finalmente no nosso destino, tivemos explicações sobre como pode ter se dado a formação da Pedra do Sino e porque ao bater-lhe outra pedra emite o som peculiar que lhe confere o nome.